Sindicatos canavieiros discutem pagamento das horas intineres
O pagamento das horas intineres aos trabalhadores do corte da cana volta a ser pauta de discussão entre lideranças sindicais da zona canavieira. Na próxima quinta-feira, dia 15, a partir das 10 horas, no Centro Social da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado de Alagoas (FETAG/AL), localizado no bairro de Mangabeiras, líderes sindicais estarão se reunindo para discutir estratégias de negociação para que as usinas efetuem o pagamento do complemento salarial. De acordo com o presidente da FETAG/AL, Antônio Vitorino, o pagamento do tempo gasto no transporte dos trabalhadores até o local do corte da cana nunca foi realizado em Alagoas. Durante o período de safra, o Estado, segundo dados da Federação, conta com uma média de 100 mil trabalhadores rurais. “O pagamento desta hora extra está previsto na lei e queremos que ele seja cumprido. As usinas alegam que a crise financeira mundial é o principal motivo para a falta de dinheiro e, conseqüentemente, inviabilidade para o pagamento das horas intineres. Nesta reunião, vamos orientar os presidentes dos 49 sindicatos dos trabalhadores da zona canavieira como proceder nesta negociação”, frisou o líder sindical. Vitorino afirmou ainda que fico determinado no Termo de Ajuste e Conduta (TAC) – assinado ano passado entre o Ministério Público Estadual e as usinas do pólo agroindustrial alagoano – de que o pagamento das horas intineres será realizado mediante acordo firmado entre os sindicatos e as indústrias. Ele lembrou ainda que o complemento salarial também não foi contemplado na convenção coletiva de trabalho assinada em novembro último.