Combate a pobreza extrema no campo depende de trabalho e subsídios do governo federal
O novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, disse que a principal meta do governo Dilma é a integração das políticas da agricultura familiar às políticas de combate à pobreza e de inclusão social e o diálogo com os movimentos sociais. A intenção é erradicr a pobreza extrema no Brasil.
Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Alagoas (FETAG/AL), Genivaldo Oliveira, essa meta só será atingida mediante muito trabalho e liberação de subsídios para as comunidades rurais. “Cerca de 50% dos agricultores familiares estão aqui no Nordeste. É preciso liberar subsídios para que essas famílias possam se manter”, afirmou.
Algumas das preocupações da Fetag/AL são com a quantidade de pessoas que não têm acesso a crédito e com a inadimplência dos que conseguem um empréstimo. “Dos cerca de 125 mil agricultores familiares residentes em Alagoas, nem metade faz uso de crédito e muitos dos que fazem não conseguem pagar, o que eleva muito o número de inadimplentes”, conta o presidente da Federação.
Há uma reunião prevista com o novo ministro em março deste ano. Nela serão discutidos problemas e propostas de soluções para as dificuldades no meio rural alagoano. “Nós pretendemos discutir os problemas do Estado com a nova gestão e ver quais propostas serão apresentadas para a resolução dos problemas”, diz Genivaldo Oliveira.
O problema que mais preocupa o setor agora e que também será discutido no encontro com o Ministério do Desenvolvimento Agrário é a crescente violência que têm atingido o meio rural.
Segundo o presidente da Fetag/AL, os assaltos e ameaças têm levado muitos agricultores familiares do Estado a venderem as suas terras e irem para as grandes cidades. “Esse aumento no êxodo rural poderia ser evitado com um aumento no policiamento no campo”, conta o representante dos trabalhadores rurais de Alagoas.