Agricultura familiar grita por um Brasil sustentável sem fome e sem pobreza
A 17ª edição do Grito da Terra Brasil mobiliza milhares de dirigentes sindicais não apenas em Brasília, mas também nos estados e municípios. Com uma pauta de cerca de 200 itens, este ano o MSTTR reivindica políticas públicas que garantam um Brasil sustentável sem fome e sem pobreza.
O presidente da Contag, Alberto Broch declarou oficialmente aberto o Grito da Terra Brasil 2011. Com um discurso inflamado Broch disse que a agricultura familiar continua mobilizada para avançar mais ainda nas políticas já conquistadas e para tirar da invisibilidade as pessoas que estão na pobreza extrema no campo.
O dirigente anunciou a triste estatística de que a cada 4 pessoas que vivem no campo, uma delas está em situação de pobreza extrema. “Se a intenção do governo é tirar essa gente da miséria, é preciso dialogar com a agricultura familiar, pois nós temos propostas para isso”, cobrou.
O presidente relatou ao público que na semana passada a comissão negociadora se reuniu com 16 ministros de estado, em mais de 40 reuniões. O presidente disse que embora o Brasil passe por um momento de altas taxas de inflação, altas taxas de juros e também por um corte no orçamento de mais de 50 bilhões, os recursos para a reforma agrária não podem ser reduzidos.
“Precisamos de assistência técnica e extensão rural para que o povo continue no campo produzindo alimentos de forma sustentável”, reivindicou Broch, que também disse que o MSTTR quer a adequação do código florestal às especificidades da agricultura familiar.
A expectativa do presidente da Contag, é que a presidenta da república receba a comitiva dos trabalhadores (as) rurais e atenda as reivindicações do Grito da Terra. “Para isso vamos exercer nosso direito de nos organizar e manifestar nossas reivindicações.
Parlamentares também fizeram uso da palavra ao lado de presidentes das centrais sindicais e de representantes de entidades parceiras.
Fonte: Agência Contag de Notícias – Suzana Campos