Mulheres Agricultoras Familiares de Alagoas debatem políticas públicas em 7ª Plenária Nacional

Nos dias 28 e 29 de outubro, no período da manhã, acontece a 7ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares (7ª PNMTR). Pela primeira vez, ocorrerá em formato virtual por conta da pandemia de Covid-19.

A finalidade da plenária é formativa, avaliativa, propositiva  de mobilização das mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares para sua participação nas Plenárias estaduais, regionais, microrregionais ou de polos e no 13º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (13º CNTTR), que será realizado no período de 6 a 8 de abril de 2021.

De acordo com Mazé Morais, Secretária de Mulheres da Contag, “ a Plenária será um importante espaço para refletirmos sobre os nossos desafios, as nossas ações e o nosso compromisso com o movimento sindical forte, democrático, transparente, comprometido com as relações de gênero mais igualitárias e com a transformação social”, reforça a secretária de Mulheres da CONTAG.

A plenária contou com a presença de aproximadamente 400 mulheres de todas as regiões e estados brasileiros. De Alagoas, participaram 22 delegadas ligadas aos sindicatos e ao MSTTR.

7ª Plenária Nacional de Mulheres reuniu virtualmente cerca de 400 mulheres de todo Brasil

Durante a plenária nacional um dos pontos de debate foi o desmonte das politicas públicas em especial, as políticas públicas de segurança e saúde que atendem as mulheres. Outro ponto preocupante é a possibilidade de privatização das unidades básicas do SUS, cuja proposta do governo federal encontra resistência no movimento social.

Para Raquel Braz, Secretária de Mulheres da Fetag Alagoas, “neste momento de pandemia mundial, percebemos e lutamos contra todo o descaso do governo Bolsonaro com as políticas públicas, principalmente, as políticas que atendem as mulheres. Somos contra a privatização do SUS pois o que precisamos é o fortalecimento da saúde pública com ações e com recursos, para atender as mulheres e toda a população de forma gratuita e com qualidade”, aponta a secretária de mulheres.

Ainda segundo Raquel Braz, “precisamos estar atentas para as decisões que temos que tomar e compreender muito mais a nossa luta e fazer com que as deliberações congressuais sejam de fato implementadas dentro do Movimento Sindical. Precisamos unir forças para que a nossa luta seja cada dia mais prazerosa e tenha resultado para fortalecer cada companheira que está dentro e fora do Movimento Sindical. Vamos continuar na luta rumo ao 13° Congresso da CONTAG e seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres”, finaliza a dirigente sindical.

Segundo dia da Plenária Nacional faz a reflexão sobre a mulher no MSTTR

No segundo dia de Plenária Nacional, as mulheres agricultoras familiares trabalhadoras rurais aprofundaram o debate sobre a participação das mulheres no Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares (MSTTR) a partir do debate e apresentação do texto-base do 13º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, preparado especialmente para esta plenária nacional.

Para Rilda Alves, Secretária de Políticas Sociais da Fetag/AL e presidente da CUT/AL, “fica claro através dos números apresentados pelo SisContag que nós mulheres somos a maioria no movimento, inclusive, na sustentabilidade do movimento. Hoje aqui precisamos refletir sobre o nosso papel como mulheres dentro do movimento social, do movimento sindical e da própria sociedade, muitas vezes machista, que nos impõe limites e quer dizer o que nós podemos e devemos fazer enquanto mulheres”, expõe Rilda Alves.

Rilda Alves, secretária de políticas sociais da Fetag Alagas, fala sobre o papel da mulher no movimento sindical rural

Já para Valdete Sirqueira dos Santos, presidente do STTR de Jequitinhonha (MG), “é contraditória a situação das mulheres no movimento, pois somos a maioria e não estamos representadas na maioria das coordenações ou diretorias. Precisamos lutar para mudar esta realidade onde muitos estatutos ainda estão desatualizados, sem a presença da paridade. Muitos estatutos estão desatualizados e, atualizá-los, precisa ser uma luta e uma prioridade nossa”, aponta a dirigente sindical.

Outro debate importante realizado na plenária foi sobre importância de eleger mais mulheres comprometidas com o movimento sindical e social, e não apenas ter mulheres concorrendo através dos partidos para cumprir as cotas de mulheres estabelecidas por lei.

Plenária Nacional prepara mulheres para Congresso Nacional do MSTTR

Em dois dias de debate e participação via internet, a Plenária Nacional de Mulheres do MSTTR tem grande importância para a luta das mulheres dentro e fora do Movimento Sindical, discutindo as necessidades e melhorias para as mulheres do Campo, das Florestas e das Águas.

“Este é um momento de muita reflexão, onde prepara as companheiras para as Plenárias Regionais e Estadual. Ela tem o objetivo de unificar e fortalecer nós mulheres para juntas defender no 13º Congresso da CONTAG as propostas e proposições a serem deliberadas e executadas dentro do MSTTR”, esclarece Raquel Braz, secretária de mulheres da Fetag/AL.  

Ascom Fetag Alagoas com informações da Contag