Máquinas no campo deixam trabalhadores rurais em alerta

O crescimento da colheita mecanizada da cana-de-açúcar em Alagoas é observado com cautela pelos trabalhadores rurais que sobrevivem do corte da cana no Estado.De acordo com o secretário de Organização e Formação da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado de Alagoas (FETAG/AL), Antônio Torres, a mecanização traz o fantasma do desemprego no campo, gerando um problema social.
“Se o processo de mecanização continuar se expandido, em 2014 não teremos mais que 20 mil trabalhadores do corte da cana em Alagoas. Hoje, são cerca de 120 mil trabalhadores no periodo da safra. A gente acompanha este avanço tecnológico com muita preocupação. Devemos levar em consideração que para cada trabalhador desempregado representa uma família sem renda”, frisou o representante da FETAG/AL.
Segundo Torres, em Alagoas, já existem quase 30 máquinas colhedoras em operação. “Como a cada ano vem aumentando o número de usinas que trabalham com colhedoras, a idéia é que o trabalhador seja capacitado em outras atividades e deixe de ser cortador de cana. Prazos precisam ser definidos. É necessário fazer um alerta as autoridades para que se encontre uma saída para o problema. Afinal, o antes de qualificar os trabalhadores é necessário vencer o analfabetismo”, destacou Antônio Torres.