FETAG/AL fecha acordo coletivo 2008

Após seis rodadas de negociações a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado de Alagoas (FETAG/AL) e o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar/AL), fecharam acordo coletivo da categoria referente ao exercício 2008, sendo concedido um reajuste salarial de 7.5%.

 

A reunião, que encerrou a rodada de negociações, foi realizada, terça-feira passada, 02, na sede do Sindaçúcar, localizado no bairro de Jaraguá.

 

Com o novo acordo coletivo, o salário base dos trabalhadores rurais, que sobrevivem do corte da cana, passou de R$ 427,00 para R$ 459,00, além de ter sido confirmado o pagamento de um piso de garantia extra no valor de R$ 12,00. O novo salário é retroativo a 1º novembro, data-base da categoria.

 

“Demorou, mas conseguimos fechar o acordo coletivo com os empregadores. As usinas já estão sendo notificadas a partir desta quarta-feira. Foi um acordo positivo. Afinal, ficamos com um salário superior ao praticado em vários Estados da região Nordeste”, frisou o secretário de Organização e Formação Sindical da FETAG/AL, Antônio Torres, informando que, em termos percentuais, o aumento anual foi superior a 17% em cima do salário mínimo.

 

“Como o processo de negociação estava em meio a um impasse provocado pelas horas itineres, havia a ameaça de greve no campo. Mas, conseguimos encontrar uma solução”, acrescentou Antônio Torres, lembrando que o acordo coletivo deve ser assinado, na próxima semana, na Delegacia Regional do Trabalho.

 

Segundo ele, a negociação das horas itineres – que estão previstas no Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado entre a FETAG/AL, Sindaçúcar/AL, Governo de Alagoas e Procuradoria Regional do Trabalho – foram retiradas da pauta da convenção coletiva e serão negociadas diretamente entre os sindicatos dos trabalhadores rurais da região canavieira.

 

“Ficou determinado que os próprios sindicatos irão resolver essa questão com as usinas. Uma proposta que estamos estudando é que vários sindicatos, que atuam na mesma área de uma única usina, unam forças para abrir o processo de negociação sobre as horas itineres”, frisou o dirigente sindical.