FETAG-AL reúne sindicatos canavieiros para traçar metas para acordo coletivo

 A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado de Alagoas (FETAG/AL) realizou, hoje, dia 02, uma reunião de urgência com lideranças dos 48 Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da zona canavieira do Estado. No encontro, que teve início às 09 horas e que foi realizada na sede social da Federação, localizada no bairro de Mangabeiras, foram discutidas estratégias que serão usadas pela categoria, caso não seja fechado um acordo coletivo com a classe patronal.

De acordo com o presidente da FETAG/AL, Antonio Vitorino, que faz parte da comissão que vem se reunindo com representantes do setor sucroenergético alagoano, uma possível greve dos trabalhadores no campo pode ser uma das medidas adotadas caso não seja fechado um acordo.

“Discutimos quais medidas poderão ser adotadas nestas negociações. O enfrentamento – com a paralisação dos trabalhos no campo – foi uma delas. Hoje, o processo de negociação está passando por um impasse no que diz respeito ao pagamento das horas itineres”, frisou o presidente da Federação, Antônio Vitorino, lembrando que a data-base da categoria foi no dia 1º de novembro.

“A lei exige que o tempo gasto no trajeto até o local de trabalho deve ser pago. Isso aumenta os custos das usinas e acabou gerando um impasse nas negociações”, frisou o presidente da FETAG/AL, afirmando que o reajuste salarial é outro ponto que ainda não foi fechado na mesa de negociação.

A categoria reivindica um reajuste de 8.5% em cima do salário atual de R$ 427,00. Já as usinas ofereceram um aumento de 7.26%. “Como a diferença é pequena e ainda continuamos tendo um salário maior que os aplicados nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, acho que devemos resolver logo a cláusula do reajuste salarial”, disse Antonio Vitorino.

Na tarde desta terça-feira, a comissão formada por representantes da Federação e dos sindicatos dos trabalhadores rurais da zona canavieira, voltam a reunir, pela sétima vez, com os representantes da classe patronal. O encontro, que será realizado no Sindaçúcar/AL, a partir das 15 horas, será decisivo para o andamento do processo de negociação.