Comissão Estadual de Mulheres da FETAG/AL dialoga sobre desafios na pandemia e 6º Congresso Estadual do MSTTR/AL

Juntas pela primeira vez, após a pandemia de Corona Vírus que provocou o distanciamento social e ‘empurrou’ o movimento social para a articulação e a mobilização no formato virtual, as mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares da Comissão Estadual de Mulheres da FETAG/AL estiveram reunidas nesta terça-feira (13) para discutir sobre os desafios que surgiram para o universo feminino em decorrência da pandemia.

Organizadas através de uma comissão estadual com mulheres que fazem o trabalho de militância sindical nos diversos pólos sindicais do estado, as mulheres trouxeram sua luta e suas dificuldades para manter o engajamento no movimento sindical, diante de uma conjuntura de violência contra as mulheres e de retirada de direitos sociais.

Uma das pautas debatidas pelas mulheres são as propostas a serem apresentadas no 6º Congresso Estadual do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Agricultores Familiares de Alagoas (MSTTR/AL), que acontece nos dias 15 e 16 de dezembro. Outra pauta que foi discutida é a comemoração dos 21 anos da Marcha das margaridas que acontece em agosto.

Com a presença de 07 diretores, dentre eles Raquel Braz, secretária de mulheres; Givaldo Teles, presidente da federação; Genivaldo Oliveira, secretário de administração e finanças; Robério Pinto, secretário de políticas agrícolas; Marielle dos Santos Silva, secretária de jovens; Cláudia Pereira, secretária geral; e Rilda Alves, secretária de políticas sociais e presidente da CUT/AL, a diretoria da FETAG/AL compareceu ao encontro para apoiar o trabalho desempenhado pela Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares.

Na abertura da reunião Givaldo Teles, presidente da federação, faz uma ponderação sobre o momento atual que vivemos de pandemia e os desafios para o MSTTR para manter a mobilização social e realizar o 6º Congresso Estadual do MSTTR. “Nossa preocupação maior ainda é com a pandemia de Corona vírus, que tem vitimado muitas pessoas em Alagoas e no Brasil. Mesmo com as vacinas, precisamos manter as medidas sanitárias e por isso, nosso congresso ocorrerá em formato virtual”.

Ainda segundo Givaldo Teles, o apoio da diretoria em relação a comissão estadual de mulheres é permanente. “Contem com a direção para desenvolver suas atividades. Hoje nossa diretriz é para que os diretores da federação estejam na base, ajudando os agricultores e agricultoras a terem uma vida melhor”, apontou o presidente da FETAG/AL.

Raquel Braz, secretária de mulheres, destaca que este é um momento ímpar de reencontro e de fortalecimento do MSTTR e da Comissão Estadual de Mulheres da FETAG/AL. “Nosso papel é fortalecer a luta e o trabalho desenvolvido por esta comissão. Nós, mulheres trabalhadoras rurais, fomos afetadas diretamente com a pandemia, com o aumento da carga de trabalho em casa e no campo, com o isolamento social e a violência doméstica contra as mulheres.”

Para Raquel Braz, “é preciso estar cada vez mais unidas e em diálogo para garantir os direitos que já conquistamos e o combate permanente da violência contra a mulher”, destacou Raquel Braz.

Presença do CEDIM/AL reforça luta contra violência e por direitos

Olga Tatiana de Miranda, presidente do Conselho Estadual de Direitos da Mulher de Alagoas (CEDIM/AL) esteve presente na reunião da Comissão Estadual de Mulheres da FETAG/AL. Para Olga Tatiana, “as mulheres precisam estar atentas e cada vez mais unidas para garantir a defesa dos direitos para as mulheres. Manter o diálogo e a mobilização constante na sociedade para garantir os direitos iguais entre homens e mulheres”, apontou a presidente do CEDIM/AL.

A psicóloga Tânia Lúcia Wanderley de Holanda também esteve presente na reunião da Comissão Estadual de Mulheres a fim de dialogar com as participantes e ajudar neste momento vivido por cada uma e pelo coletivo em geral. O momento com a psicóloga propiciou um relato de experiências e de vivencias das mulheres sindicalistas.

Através de uma dinâmica integrativa, a psicóloga Tânia Lúcia buscou melhorar a interação e a conectividade física, que diminuiu devido ao isolamento social. Para Tânia, “é difícil na atualidade alguém não ter algum transtorno ou problema psicológico devido à pandemia e o isolamento social. É importante buscar a ajuda de um profissional especializado”, apontou a psicóloga.

Após o almoço, as mulheres agricultoras familiares da Comissão Estadual de Mulheres da FETAG/AL debruçaram-se sobre as propostas aprovadas no 5º Congresso Estadual do MSTTR/AL realizado em 2018. Analisar quais as propostas aprovadas avançaram e que propostas o coletivo de mulheres apresentará no 6º Congresso Estadual do MSTTR/AL em dezembro.

Ascom FETAG/AL