Canavieiros aguardam contraproposta de usinas para decidir sobre acordo coletivo

Representes dos 45 sindicatos dos trabalhadores rurais da zona canavieira estiveram reunidos, na manhã desta terça-feira, em assembleia da categoria que foi coordenada pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado de Alagoas (Fetag-AL).
No encontro – realizado no centro social da Federação, localizado no bairro de Mangabeiras – os trabalhadores rurais tomaram conhecimento das propostas e impasses existentes no processo de negociação para se fechamento do acordo coletivo 2009/2010.
Apesar da mobilização da categoria, nenhuma posição quanto ao processo de negociação foi votado. “Estamos nos reunindo, hoje a tarde, com a comissão que representa as usinas. Vamos saber qual será a proposta deles para que possamos tomar uma decisão final”, acrescentou o secretário de Formação e Política Sindical da Fetag/AL, Antônio Torres , que coordenou a assembleia.
“A comissão, que representa as usinas, aceitou a nossa contraproposta de fixar o piso em R$ 505. Isso representa um reajuste de 5.87%. Mas, o processo de negociação gerou um impasse quando o assunto foi o piso garantia que será anexado ao salário dos canavieiros quando o governo federal colocar em vigor o novo salário mínimo nacional”, frisou ele, lembrando que o salário atual dos canavieiros é de R$ 477.

De acordo com Torres, as usinas querem manter o piso garantia de R$ 12 e os trabalhadores, R$ 17. “Esse foi o impasse criado. Trata-se apesar de um aumento de apenas R$ 5. Por isso, vamos esperar a posição da classe patronal para sabermos qual será o nosso encaminhamento”, afirmou o secretário.
Uma nova rodada de negociação entre os trabalhadores e a classe patronal será realizada ainda nesta terça-feira, a partir das 15 horas, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) que também participa da negociação junto com a Asplana.